Arranjador

Arranjador

O arranjador, ou músico arranjador, é o profissional que faz uma releitura de uma obra musical de outra pessoa.

Embora não seja um compositor, ele faz parte da equipa de criação. É ele que define a instrumentação, o estilo a ser usado, andamentos, estrutura, forma, entre outros elementos musicais.

Se adoravas trabalhar com música, esta pode ser uma excelente oportunidade profissional. Afinal, os talentos musicais não se veem apenas em cima de um palco. Existem muitos outros profissionais que ficam no “back stage”, mas que são determinantes para o sucesso de um projeto.

Se estás à procura de uma profissão nesta área, então não deixes de ler este artigo. Aqui, vamos mostrar-te o que faz um músico arranjador, as funções que tem no seu trabalho, as diferentes saídas no mercado de trabalho, entre outras informações úteis para entrares nesta carreira.

Vens connosco?

O que faz um Arranjador?

O arranjador é um músico que faz ou propõe uma releitura de uma obra musical de outra pessoa. A partir de uma composição, este músico propõe um novo estilo, forma, estrutura, ritmo, andamento e instrumentação.

Embora este profissional também crie, ele não é considerado um compositor, pois trabalha em numa música já composta.

É certo que ele pode transformar tanto um material melódico que fica quase que irreconhecível. No entanto, esse material já existia. O compositor, pelo contrário, cria as obras de raiz.

Enquanto músico arranjador, é essencial que seja reconhecida a sua contribuição para a obra. Não basta fazer uma simples adaptação. A releitura da obra tem de se justificar, ou seja, ela tem de agregar valor à obra inicialmente composta.

Podes estar a pensar que este músico não tem tanto valor quanto um compositor. Mas essa é uma ideia errada! Da mesma forma que existem arranjadores fantásticos que não se atrevem na composição, também existem excelentes compositores que não conseguem fazer um bom arranjo.

Sendo assim, cada profissional tem o seu papel e todos são importantes no mundo da música.

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Quais as suas funções

Como vimos, a principal função do arranjador é realizar arranjos musicais. O arranjo diz respeito a uma adaptação/releitura de uma obra já composta. Essa releitura pode ser justificada, por exemplo, quando uma determinada obra vai ser executada por um grupo de instrumentos musicais distintos do que aqueles que estavam destinados na obra.

O trabalho consiste, portanto, em reescrever o material melódico. O músico inspira-se na obra original, mas o resultado é distinto. Para tal, este profissional usa várias técnicas harmónicas, rítmicas e de contraponto. Assim, ele consegue mudar a estrutura da obra.

Existem diferentes tipos de arranjo. Antes de iniciar o seu trabalho, o profissional tem de determinar o objetivo do arranjo.

Quando uma obra foi composta para um pequeno grupo de instrumentos musicais, mas a ideia é que passe a ser reproduzida por uma orquestra, por exemplo, devemos fazer uma expansão.

Já quando a obra foi composta para uma orquestra e vai ser reproduzida por um grupo de instrumentos musicais menor, ou por um solista, devemos realizar uma redução.

Estes são dois exemplos claros da necessidade de um arranjo distinto para uma mesma obra, até porque seria impossível reproduzi-la fielmente.

Os arranjos também podem ter objetivos puramente estéticos ou de estilo. Nesses casos, o objetivo é apenas o de tornar a composição mais bonita e agradável para o público.

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Como fazer um Arranjo?

Para conseguirmos um bom arranjo, devemos ter em consideração diferentes elementos. Como é óbvio, para termos um bom resultado, temos de ter um vasto conhecimento em música, exatamente porque trabalhamos com vários elementos.

Como dissemos, o primeiro passo é definir o objetivo do arranjo. Depois temos de verificar quais os recursos que temos disponíveis para a reprodução da obra.

Assim que temos tudo isso definido, começamos a trabalhar no material melódico. No caso de querermos mudar o estilo musical, temos de conhecer todas as características e elementos que respeitam a esse novo estilo.

Começamos por criar a base rítmica, assim como as linhas de baixo e contracantos. É a partir desta base que tudo se desenvolve.

Quando falamos, aqui, das linhas de baixo, referimo-nos ao acompanhamento de base. Este pode ser feito por diferentes instrumentos musicais, como o baixo, o piano ou alguns instrumentos de sopro.

Para a base rítmica, além dos instrumentos de percussão, podem entrar guitarras e também o piano.

Segue-se, então, a estrutura da obra. É nesta fase que o músico cria introduções, refrões, repetições, interlúdios, entre outros.

Concluídos estes elementos, passamos para a instrumentação. Os arranjos são muito diferentes dependendo dos instrumentos que serão usados. É fácil perceber este ponto, basta pensar num arranjo destinado a uma voz e viola e outro arranjo com voz, piano, guitarras, bateria e baixo.

Nesta etapa do trabalho, o músico arranjador tem de ter a capacidade de valorizar cada um dos instrumentos e vozes.

A dinâmica, expressão e andamento devem estar descritas de forma clara, assim como outras instruções destinadas aos músicos que irão reproduzir a obra.

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Saídas no Mercado de Trabalho

O arranjador trabalha na área da música. No caso da música popular, este profissional é contratado, normalmente, para fazer expansões. Ou seja, ele recebe uma melodia básica (normalmente com voz e um instrumento, como piano ou guitarra) e faz o arranjo para incluir outros músicos.

Também é comum que estes profissionais sejam contratados para fazer arranjos de músicas populares para serem acompanhados por orquestra, ou para se fazer um acústico.

Já no jazz, por exemplo, o arranjador, geralmente, cria uma estrutura temática, assim como a harmonia, mas pensando sempre na improvisação característica deste estilo musical.

Na maior parte das vezes, os arranjadores são profissionais autónomos, contratados por bandas, músicos e artistas para realizar os arranjos para uma música, ou algumas músicas.

No entanto, algumas produtoras e editoras podem contratar os serviços deste músico de forma constante, para fazer os arranjos das músicas que são editadas e produzidas pela empresa.

Em alguns casos, podes acumular outras funções, como a de produtor musical e a de engenheiro de som.

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Como entrar na carreira de Arranjador?

Se queres seguir a profissão de músico arranjador, tens de ter conhecimentos musicais sólidos. Além de conheceres diferentes estilos e géneros musicais, tens de dominar harmonias, melodias, instrumentação, entre outros elementos essenciais da música.

Em Portugal, assim como no Brasil, não existe uma formação específica para arranjos musicais. Portanto, a melhor opção é fazer um curso superior em música ou composição.

Além de aprenderes música de uma forma global, tens também algumas disciplinas que abordam os arranjos musicais.

Podes, ainda, procurar um curso em arranjos no exterior, ou então procurar uma formação com um arranjador profissional.

Onde estudar para Arranjador?

Como vimos, em Portugal, assim como no Brasil, não existe uma formação superior em arranjo. Por isso, o ideal é que primeiro faças um curso em música ou composição. Depois podes procurar uma formação em arranjo noutros países, ou então podes fazer um curso prático com um arranjador profissional.

Aqui deixamos-te alguns cursos interessantes para dares uma vista de olhos.

Portugal:

Brasil:

Se o teu sonho é seguir música e se gostavas de ser músico arranjador, então não deixes para trás a tua formação. Embora não seja obrigatória, é essencial teres conhecimentos aprofundados nesta arte para que faças um bom trabalho. Nós desejamos-te os maiores sucessos!

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1 comentário em “Arranjador”

  1. Avatar
    André Luis Silva Batista

    Boa tarde sou músico arranjador criador e de releitura com formação em violão clássico e mais 14 instrumentos de solo e harmonia e realmente o conhecimento e experiência são fundamentais nesta área e achei muitíssimo úteis estás informações, obrigado.

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