O harpista é um músico profissional que toca harpa (um instrumento de cordas, sendo um dos mais antigos de que se tem conhecimento, assim como a flauta).
Para os amantes de música e para os apaixonados por instrumentos de cordas, esta profissão pode ser perfeita. Não existem assim tantos jovens a querer seguir uma carreira de harpista e, por isso, as oportunidades no mercado de trabalho são animadoras.
Se esse é o teu caso, então continua a ler este artigo, pois vamos mostrar-te tudo o que precisas saber para entrar nesta carreira com o pé direito.
Vamos?
Harpa
A harpa é um instrumento de cordas, triangular e constituído por uma coluna, caixa de ressonância, 47 ou 48 cordas (em escala diatónica), pescoço e, em alguns casos, tem 7 pedais (cada um corresponde a uma nota musical) ou levers.
Este instrumento musical é um dos mais antigos, havendo vestígios deles na Babilónia e Mesopotâmia muitos séculos antes de Cristo. Com uma tradição forte, alguns povos africanos do Saara, como os Bwiti, por exemplo, mantêm a harpa rudimentar como um elemento central da sua cultura.
Deixamos-te aqui um vídeo da harpista Liuba Klevtsova, da OSESP, que nos dá uma explicação mais completa do funcionamento deste instrumento. Ora vê!
Tipos de harpa
Existem diferentes tipos de harpa, cada um com as suas características próprias e, obviamente, com vantagens e desvantagens, as quais devem ser avaliadas antes de optar por um tipo de harpa.
- Harpa sinfónica – Também chamada de harpa de pedais de dupla ação, esta harpa é muito usada em orquestras e possui uma extensão de seis oitavas e meia. Tem sete pedais que modificam o tom da nota (natural – com o pedal posicionado no meio, bemol – com o pedal levantado, ou sustenido – com o pedal totalmente em baixo) e as cordas são afinadas de forma diatónica.
- Harpa paraguaia – A vantagem da harpa paraguaia, quando comparada com a sinfónica, é que é bem mais barata. É muito boa para executar músicas sem modulações. Algumas harpas paraguaias têm levers (chaves de semitom). A distância entre as cordas e a sua espessura são diferentes da sinfónica e, por isso, a técnica usada para tocar é diferente.
- Harpa celta e “student” – Estes modelos de harpas têm levers (chaves que permitem alterar o tom da música), o que possibilita a que o músico crie a sua própria afinação. Estes modelos são muito usados por quem está a aprender a tocar harpa sinfónica, pois a distância entre as cordas é boa e, assim como a paraguaia, é bem mais barata.
- Harpa cromática de cordas cruzadas – Este modelo de harpa tem entre 72 e 76 cordas e, assim, são harpas muito completas. Ao contrário das harpas sinfónicas, estas são afinadas cromaticamente. Tem dois pescoços (notas naturais e acidentadas).
- Harpa a laser – Criada no fim do século XX, esta harpa tem uma série de feixes de lasers, os quais estão ligados a um sampler, sintetizador, ou ao computador. Produz-se sons ao interromper-se com as mãos os feixes. Jean Michel Jarre foi responsável por popularizar este modelo de harpa.
O que faz um Harpista?
O harpista é um músico que faz apresentações ao vivo em diferentes projetos, mas principalmente em orquestras sinfónicas e filarmónicas. Pode atuar em diferentes espaços, desde recintos grandes fechados, espaços ao ar livre, ou até mesmo em espaços pequenos (como museus, estabelecimentos dedicados a casamentos e eventos, entre outros).
O dia a dia de um músico profissional, seja qual for o instrumento musical, é muito marcado pelo treino e estudo musical. É essencial que os músicos não deixem de praticar o seu instrumento todos os dias, pois é essa prática que permite que os músicos evoluam sempre mais a cada dia.
Quais as suas funções
O harpista tem como função principal realizar concertos. Como a maioria dos harpistas faz parte de orquestras, a interpretação das obras é responsabilidade do maestro (regente). Sendo assim, o músico não tem autonomia na interpretação do que toca, devendo seguir todas as orientações dadas pelo maestro.
A leitura das partituras é comum na vida deste músico, mesmo em projetos além de orquestras. Por isso, o estudo musical e das partituras a tocar deve ser feito diariamente.
Além deste trabalho em casa (solitário), os harpistas também ensaiam com os restantes músicos e com o maestro antes das apresentações. Esses momentos são muito importantes para que o maestro possa explicar aos músicos o que realmente quer que eles façam, assim como fazer novos arranjos.
O harpista também pode optar por não seguir uma carreira como músico (ou só de músico) e seguir a área do ensino da harpa.
Embora não existam muitas pessoas a quererem aprender esta instrumento, geralmente as que precisam de aulas procuram um ensino particular (com mensalidades mais caras).
Além de aulas particulares, também é possível atuar como professor de música em conservatórios, escolas, academias e faculdades de música. Neste caso, terás progressão na carreira, o que te aufere melhores rendimentos.
Saídas no Mercado de Trabalho
Como vimos, os harpistas geralmente fazem parte de orquestras sinfónicas, mas também podem integrar outros projetos musicais, como quartetos e conjuntos de cordas, orquestras de câmara, assim como em projetos de estilos e géneros musicais distintos.
Uma carreira no ensino é também uma opção para o harpista. Sem dúvida, esta pode ser uma alternativa bastante atraente, até porque conseguimos ter um rendimento fixo e uma progressão na carreira.
Como entrar na carreira de Harpista?
Se queres ser harpista, então deves procurar uma formação na área da música. O ideal é que inicies os estudos musicais ainda em criança, seguindo o ensino articulado (artístico) e depois o ensino universitário na área da música.
Como a maior parte das oportunidades de trabalho se encontra em orquestras e na área do ensino, um curso superior de música é indispensável.
Esta formação é excelente, não só porque te dá conhecimentos profundos em música, como também te dá a possibilidade de conhecer várias pessoas do meio artístico. Neste mundo das artes, os contactos são peça central, pois muitas das vagas de trabalho são preenchidas por meio da indicação de outras pessoas.
Por isso, se ainda estavas na dúvida se valeria a pena entrar numa faculdade de música, não hesites em fazer a tua inscrição.
Onde estudar para Harpista?
Como dissemos, o curso universitário de música é muito importante para entrares no mercado de trabalho com o pé direito. Afinal de contas, não queremos perder uma oportunidade de emprego por não termos qualificações suficientes.
Sendo assim, reunimos aqui alguns cursos que te podem interessar. Ora vê!
Portugal:
Brasil:
Se o teu sonho é tornares-te um harpista de referência, então investe na tua formação, pois vai valer a pena todo o esforço. Dedica-te bastante, pois conseguirás tudo aquilo que desejas. Sucesso!