Diplomata

Diplomata

O diplomata, ou funcionário diplomata, é o responsável pela execução da política externa do Estado, assim como pela defesa dos interesses do Estado e a proteção dos direitos dos cidadãos no plano internacional. É, então, um funcionário do Estado com caráter nobre e especial.

Os diplomatas têm funções muito diversas, mas, ao mesmo tempo, muito importantes para a nação (não só para o Estado como para os cidadãos que residem no estrangeiro). Eles são os grandes defensores dos interesses da nação e dos cidadãos no plano internacional e, portanto, têm um papel muito importante na sociedade.

Se te sentes atraído particularmente pela área do Direito Internacional ou Relações Internacionais e se és bom comunicador, esta pode ser uma excelente carreira para ti.

Vem connosco e descobre o que faz um diplomata, quais as funções que tem no dia a dia de trabalho, quais as saídas profissionais, assim como outras informações úteis para seguires esta profissão.

Vamos?

O que faz um Diplomata?

O diplomata executa a política externa do Estado, defende os interesses nacionais no plano internacional, assim como protege os direitos dos cidadãos nacionais no estrangeiro. O principal objetivo é estabelecer contactos pacíficos entre os governos dos Estados, mas sempre defendendo os interesses da nação.

Os diplomatas podem tratar dos mais variados assuntos da política externa, entre eles:

  • Comércio externo
  • Promoção da cultura
  • Organizações internacionais
  • Guerra e Paz

Estes contactos e relações são estabelecidos seguindo a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Na prática, este profissional negoceia em nome do Estado, com o objetivo de ver concluído um determinado acordo entre os Estados, sempre defendendo os interesses da sua nação.

Além disso, tem o dever de estar a par de todas as condições existentes e da evolução dos acontecimentos de um Estado (desde que essas informações sejam obtidas por meios lícitos), comunicando de imediato ao seu governo.

É também responsável por representar o seu Estado em vários eventos internacionais, promover o comércio externo e promover a imagem do Estado que representa.

Por fim, o diplomata defende os interesses de um indivíduo ou de uma empresa do seu país no estrangeiro, desde que dentro dos limites do Direito Internacional.

Quando este profissional chefia uma missão diplomática (nome dado ao conjunto de diplomatas de um Estado sediado na capital de outro Estado), designa-se de embaixador. Quando o embaixador está ausente, outro diplomata assume a chefia, designando-se de Encarregado de Negócios ad interim.

Regra geral, as missões diplomáticas organizam-se em torno do Ministério dos Negócios Estrangeiros (também designado de Ministério do Exterior, Ministério das Relações Externas, Departamento de Estado, ou outras denominações similares).

Quais as suas funções

O diplomata tem como principais funções executar a política externa do Estado, defender os interesses do Estado no plano internacional e os cidadãos do seu Estado no estrangeiro.

O seu dia a dia pode ser muito diferente e as atividades que tem podem variar muito, dependendo de onde está sediado (no próprio país ou no estrangeiro – Embaixadas, Consulados, Missões Diplomáticas e Representações Permanentes).

Quando os diplomatas estão a trabalhar no seu próprio país, as principais tarefas são:

  • Ler e interpretar informações recebidas
  • Coordenar negociações de acordos internacionais
  • Desenvolver documentos de apoio para reuniões de dirigentes políticos do Ministério dos Negócios Estrangeiros
  • Relacionar-se com representantes de Embaixadas de outros Estados sediados no país
  • Dar instruções para os diplomatas do Estado sediados em outros Estados, informando-os das posições a adotar em diferentes assuntos

Atuando numa Missão Diplomática, ou numa Representação Permanente, passa grande parte do tempo em reuniões com organizações internacionais, sempre defendendo as posições do seu Estado nos assuntos em discussão.

Ao trabalhar numa Embaixada, o diplomata organiza visitas de membros do governo (assim como outras entidades do Estado). Este trabalho requer bastante organização, até porque é ele que prepara agendas e trata de toda a logística das visitas. Além disso, ele tem ainda como funções:

  • Analisar e selecionar informações relevantes sobre a situação económica e política do Estado em que está sediado
  • Levar a cabo ações que possam reforçar as relações entre os Estados
  • Promover ações que apoiem as empresas do seu Estado
  • Encontrar oportunidades de negócio

Por fim, ao trabalhar num Consulado, este profissional passa muito do seu tempo atendendo ao público (não só aos cidadãos do seu Estado no país em que está sediado, mas também aos cidadãos do Estado em que está sediado). Além disso, participa de atividades organizadas pelas comunidades do seu Estado.

Saídas no Mercado de Trabalho

O diplomata é sempre um funcionário do Estado, ou seja, funcionário público, o qual é escolhido mediante concurso público. Não existem muitas vagas de trabalho e estas são muito concorridas (até porque é um cargo almejado por muitos, principalmente por aqueles que se especializam em Direito Internacional, Relações Internacionais e Política Externa).

Poderás trabalhar no Ministério dos Negócios Estrangeiros, ou em organizações ligados a este diretamente, ou então podes trabalhar no exterior, em Embaixadas, Consulados, Missões Diplomáticas ou Representações Permanentes.

Como entrar na carreira Diplomática?

Para entrares na carreira diplomática tens de concorrer a um concurso público. Como todos os diplomatas são funcionários do Estado, só consegues ter acesso a esta carreira através de concursos públicos.

Sem dúvida, o concurso público para a carreira diplomática é um dos mais rigorosos, mas também muito transparente. Por desempenharem funções de extrema importância, os diplomatas seguem uma seleção muito rígida e exigente e só os melhores terão sucesso.

Por isso, é muito importante que invistas numa boa formação superior. Não fiques apenas pela licenciatura ou mestrado. Todas as pós-graduações e doutoramentos são valorizados neste concurso e podem, com toda a certeza, ser um diferencial.  

Como ser Diplomata em Portugal?

Para te candidatares ao concurso público para te tornares diplomata em Portugal tens de ser cidadão português e ter, pelo menos, uma licenciatura. O concurso é composto por provas escritas de:

  • Cultura geral
  • Português
  • Inglês
  • Conhecimentos

Além das provas escritas, vais passar por uma prova oral de conhecimentos e uma entrevista.

Fazer um estágio no Instituto Diplomático dá-te experiência com relações internacionais, o que te vai ajudar na hora de passares no concurso público.

Se fores admitido no concurso público, ficarás 2 anos na categoria de Adido, ou seja, esse período é probatório e vais passar por uma avaliação de desempenho constante. Ao final desse período, caso sejas aprovado, passas a Secretário de Embaixada e entras, definitivamente, na carreira diplomática.

A progressão de carreira nesta categoria é automática. No entanto, para seres promovido a Conselheiro de Embaixada (categoria a seguir) tens de passar num concurso de avaliação curricular. O mesmo vale para subires para as categorias seguintes: Ministro Plenipotenciário e Embaixador (topo de carreira).

Lembramos que existe um limite de idade para as promoções (válido para todas as categorias). Caso tenhas excedido a idade limite para conseguires uma promoção, vais continuar a exercer as funções que já tens, mas não poderás progredir para outra categoria.

Como ser Diplomata no Brasil?

Para seguires a profissão de diplomata no Brasil, assim como em Portugal, tens de ter uma formação ao nível superior (pode ser em qualquer área). Terás, igualmente, de ser aprovado no Concurso de Admissão do Instituto Rio Branco (IRBr), o qual é aberto anualmente. Os candidatos são selecionados pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB).

Este concurso é composto por quatro fases distintas, as quais envolvem diferentes provas. Vejamos!

  • 1ª fase – Provas de Português, Inglês, História Mundial e do Brasil, Geografia, Direito, Economia e Política Internacional
  • 2ª fase – Provas de Língua Portuguesa (interpretação de textos e redação)
  • 3ª fase – provas discursivas de Geografia, História do Brasil, Inglês, Política Internacional, Economia, Noções de Direito e Direito Internacional
  • 4ª fase – Provas de Espanhol e Francês

Caso sejas aprovado no concurso, passas a ter o título de Terceiro-Secretário e vais entrar no Curso de Formação, o qual tem uma duração de 2 anos em período integral. Para evoluíres na carreira diplomática, podes fazer outros cursos, os quais te permitem assumir os seguintes cargos (em ordem ascendente):

  • Segundo-Secretário
  • Primeiro-Secretário
  • Conselheiro
  • Ministro de Segunda-Classe
  • Embaixador (ou Ministro de Primeira-Classe) – Topo de carreira

Onde estudar para Diplomata?

Como vimos, não se exige uma licenciatura ou formação superior específica para entrar na carreira diplomática. No entanto, a maior parte dos candidatos que passaram nos concursos públicos têm formação em Direito e Relações Internacionais.

Assim sendo, reunimos aqui alguns cursos que te podem interessar. Ora espreita!

Portugal:

Brasil:

Sem dúvida, a carreira diplomática é emocionante e muito gratificante. Saber que defendemos os interesses da nossa nação é, com toda a certeza, uma das sensações mais gloriosas que podemos sentir. Por isso, se ser diplomata te causa fascínio, não deixes de investir numa boa formação e não desistas do teu sonho. Sucesso!

inderi adsense aqui

Ofertas de emprego Diplomata

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top