A importância do Marketing Pessoal (e como criar uma marca pessoal)

O “Personal Branding” é um conceito ainda novo para alguns. Mas, cada vez mais, o Marketing Pessoal pode fazer a diferença na hora de encontrar um emprego. Vê como podes construir a tua marca pessoal…

O Marketing é uma área reconhecida como essencial no mundo dos negócios, pois é fundamental para conseguir vendas. Mas sabias que os seus conceitos podem também aplicar-se a ti e à tua marca pessoal como profissional?

De facto, o chamado Marketing Pessoal vem conquistando terreno e há cada vez mais quem o use como recurso essencial para angariar clientes e fazer negócios.

Também tu podes construir uma marca pessoal para te tornares reconhecido e valorizado dentro da tua área de atividade. Descobre como com as nossas sugestões…

O que é o Marketing Pessoal?

O Marketing tem vários pilares e alguns “ramos”, sendo o Marketing Digital, por exemplo, um dos mais conhecidos. Mas existe também o Marketing Pessoal que se centra no chamado “Personal Branding“.

Trata-se de desenvolver uma marca pessoal para te destacares no competitivo mercado de trabalho. Afinal, não queres ser apenas mais uma ovelha do rebanho. Tens de surgir com um selo único, personalizado e apelativo para conquistares os potenciais empregadores.

Mas seja para encontrar um novo emprego, seja para conseguires a desejada progressão na carreira, tem tudo a ver com a imagem que passas.

Tens de definir o que queres que os outros vejam de ti e que te pode valorizar, destacando-te da “manada”.

Portanto, desenvolver uma marca pessoal é uma forma de autopromoção e de divulgação das tuas qualidades, das tuas forças e paixões. Queres dar-te a conhecer dentro do teu setor de atividade como “a pessoa certa para o trabalho”.

Repara que no atual mercado laboral tão competitivo, não chega fazeres bem o teu trabalho, nem teres as qualificações certas. Tens de conseguir visibilidade, mostrando o que vales no teu todo como pessoa e como profissional.

Como construir uma marca pessoal?

Antes de mais, precisas de “existir” online. Afinal, nos dias que correm, quem não tem presença online é quase como se não existisse!

Portanto, trata de criar as tuas redes sociais. E como estamos concentrados no lado mais profissional, é importante criar um perfil no LinkedIn, a rede profissional por excelência.

Mas também podes criar o teu site próprio. Existem, atualmente, várias formas fáceis de o fazer que te vão ajudar a conseguir uma página pessoal interessante.

Só tens de ter cuidado para usar sempre uma hospedagem de website rápida, pois, caso contrário, ninguém terá paciência para consultar a tua página. De resto, um site mal feito será um péssimo cartão de visita!

Este site pode funcionar como uma espécie de currículo online, onde incluirás as tuas qualificações e experiência de trabalho.

Mas se fores Designer, por exemplo, deves criar também um portefólio, para mostrares o que vales. Em caso de seres Escritor ou Jornalista, é importante incluir textos da tua autoria.

Através de um site pessoal, poderás destacar os teus pontos fortes, evidenciando as tuas competências e interesses.

Mas é importante que penses, antes de mais, para que é que serve o teu site. O que é que pretendo conseguir? O que quero mesmo alcançar? As respostas a este tipo de perguntas vão determinar a forma como deverás estruturar a tua página pessoal.

Faz uma análise SWOT a ti próprio

A análise SWOT refere-se às palavras Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). No Brasil, fala-se mais da sigla FOFA que se reporta para essas quatro palavras em português.

Esta é uma ferramenta fundamental de diagnóstico no Marketing. Aproveita para fazer esse tipo de análise à tua pessoa, avaliando os teus pontos fortes e as tuas fraquezas em termos profissionais.

Avalia também as oportunidades e as ameaças que existem na tua profissão, para ficares a conhecer bem o mercado onde te movimentas.

O teu Marketing Pessoal deve ser construído em torno das conclusões que retirares dessa análise SWOT. Portanto, trata-se de definir com clareza a tua “oferta de valor” – no fundo, o que te distingue de todos os outros profissionais do teu setor.

O que é que te define

A autopromoção pode parecer-te uma espécie de “feira das vaidades”. À partida, podes achar que não queres fazer isso. Mas é algo que se pode conseguir com elegância e sem parecer um “vaidoso” insuportável.

O importante é que entendas o processo de construção da tua marca pessoal como um investimento no teu futuro. Portanto, é fundamental que seja uma imagem que ilustre os teus valores e quem tu és no fim de contas.

Assim, faz as seguintes perguntas a ti próprio:

  • O que é que mais me motiva a sair da cama todos os dias?
  • De que talentos mais me orgulho?
  • Em que é que sou mesmo muito bom?
  • Que tipo de projetos/tarefas gosto de fazer?
  • Que competências tenho? E quais gostava de aprender?
  • Daqui a 10 anos, onde quero estar?

Escreve as tuas respostas e analisa-as. A ideia é que identifiques aquilo que mais te motiva e que objetivos queres alcançar. Deste modo, conseguirás construir a tua marca pessoal em torno disso.

Decide com clareza o que queres atingir

Também deves associar a tua marca pessoal à empresa ou setor de atividade onde quiseres trabalhar. Imagina que és um Designer de Joias em busca de uma oportunidade, deves mostrar o teu lado mais criativo e irreverente.

Mas se fores um candidato a Analista Financeiro, tens de passar uma imagem mais conservadora de alguém “obcecado” com análises, números e com o rigor.

Portanto, estuda bem o mercado de trabalho onde queres vingar. E define com clareza aquilo que queres atingir, para saber exatamente como te deves situar.

Por onde começar?

Antes de mais, é preciso fazer algum trabalho de introspeção. No fundo, precisas de fazer uma reflexão crítica sobre as tuas capacidades.

Depois de perceberes muito bem o que te pode destacar do “rebanho”, avalia também onde queres chegar. Qual é, afinal, o teu objetivo? Vê que no Marketing Pessoal, tal como nos outros “ramos” desta área, é preciso ter uma meta bem definida.

Além disso, precisas de conhecer muito bem a tua área de formação e/ou de experiência profissional. Quanto melhor a entenderes, mais preparado estarás para a conquistar!

Por outro lado, tens de conseguir passar uma imagem de autenticidade. Assim, pode ser interessante imprimir o teu estilo de vida na tua marca, mesmo que o foco seja exclusivamente profissional.

Um dos principais traços do “Personal Branding” é a sua credibilidade. Portanto, vive a tua marca! Se a viveres na plenitude, imbuindo-a dos teus valores e da tua personalidade, mais autêntica parecerá aos outros e, logo, mais confiável será.

Como gerar audiência para a tua marca

Saber fazer Marketing na Internet é fundamental para atrair a atenção de empresas de renome. Afinal, existem muitos recrutadores que estão de olho em fortes candidatos, avaliando marcas pessoais.

Então, aproveita as diferentes ferramentas para investir na tua marca pessoal, tornando-a reconhecida e valorizada dentro do teu nicho de atividade.

Entre as possibilidades para fazer Marketing na Internet, estão as estratégias de SEO. Ao apostares nessas técnicas, consegues “ranquear” a tua marca de forma orgânica, ou seja, estar entre as primeiras posições nos motores de busca.

Assim, quando uma empresa for buscar determinados profissionais, poderás destacar-te, inclusive se atuares em mercados competitivos. Aproveita para inserir informações que te destaquem, construindo assim, um selo único, apostando em palavras-chave fortes.

Destaca os pontos que mais desejares que os outros percebam, para que te possam reconhecer como o profissional certo para o trabalho. Ao investir nas estratégias de SEO, consegues ter visibilidade, mostrando que a tua marca tem o diferencial tão almejado, tanto como profissional, quanto como pessoa.

10 pontos-chave

Em jeito de guião, deixamos-te uma lista de pontos essenciais que devem fazer parte da tua marca pessoal, para conseguires ser bem-sucedido no trabalho, conforme são transcritos pela revista Marketeer, segundo as definições do administrador de empresas Max Gehringer, autor de vários livros sobre gestão:

  • 1. Ser um líder (com capacidade para influenciar os outros)
  • 2. Despertar confiança (ser alguém que é levado a sério)
  • 3. Ter visão (saber o que se quer, o que se está a fazer e porquê)
  • 4. Promover o espírito de equipa (disponibilizar-se para ajudar os colegas)
  • 5. Saber resolver conflitos
  • 6. Ter integridade (destacar-se sem prejudicar os outros)
  • 7. Estar disponível para o que for preciso
  • 8. Ser empático, reconhecendo o bom trabalho dos colegas
  • 9. Manter sempre o otimismo
  • 10. Ter paciência para saber esperar por uma oportunidade.

O Marketing Pessoal é um investimento no teu futuro

“Um Marketing bem feito tem o poder de transformar positivamente a vida das pessoas e da forma como vivemos”, refere Pedro de Goulart Mendes, diretor de Marketing e Comunicação do Grupo Secil, em entrevista ao Jornal de Negócios.

De acordo com Guilherme da Luz, colunista do portal Acontecendo Aqui, para fazer Marketing Pessoal é possível, inclusive, investir em diferentes recursos online. Assim, criando “um ambiente ideal para atrair mais clientes, especialmente ao se valer de estratégias de Marketing orgânico”, ou seja, obtendo tráfego para a tua página sem precisares de grandes investimentos.

Entre as estratégias que podem posicionar a tua marca na Internet para ser vista por grandes empresas, investir nas técnicas de SEO, ter um blogue e contar com um site responsivo são ações de Marketing orgânico.

Esta ideia aplica-se também ao nível do Marketing Pessoal, mas, aqui, trata-se de impactar a vida de uma só pessoa – neste caso, a tua.

Portanto, vale a pena apostar na tua marca pessoal. Mas lembra-te de que o “Personal Branding” não tem nada a ver com vendas! Não cometas o erro de parecer mais um comercial a tentar “vender o teu peixe”.

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