Chapeleiro

Chapeleiro

O chapeleiro já foi uma profissão de prestígio, mas nos anos mais recentes quase caiu na extinção. Contudo, ultimamente ganhou força, graças ao aparecimento de novos criadores que vieram trazer sangue fresco ao setor, com inovação e irreverência.

Os chapéus já foram um objeto imprescindível na vida das pessoas. Noutros séculos, os homens decentes não saíam à rua sem eles!

Contudo, embora já não sejam tão usados atualmente, os chapéus continuam a fazer parte das nossas vidas e a marcar tendências nas passerelles de moda.

Assim, os chapeleiros continuam a ter lugar na sociedade, quer trabalhando em atelieres próprios, criando peças originais, quer como profissionais da indústria têxtil.

A cidade de S. João da Madeira, no distrito de Aveiro, é “a capital portuguesa do chapéu” e é onde existe o Museu da Chapelaria que é dedicado à história da atividade.

Ainda hoje, de S. João da Madeira saem chapéus para todos os cantos do mundo, desde o Vaticano, para adornar a cabeça do Papa, até Hollywood, para as aventuras de “Indiana Jones”, a personagem protagonizada por Harrison Ford.

A cidade do norte de Portugal continua a ser uma das líderes mundiais na produção de chapéus, fabricando objetos que chegam às mãos de figuras como Robert de Niro, Nicolas Cage ou Vladimir Putin, entre outros.

A origem do “Chapeleiro Maluco”

Todavia, apesar da longa história da atividade, quando se fala em chapeleiro nos dias que correm, vem logo à ideia o “Chapeleiro Maluco”, a personagem interpretada por Johnny Depp no filme “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton.

A figura criada por Lewis Caroll, o escritor da obra que originou o filme, terá sido mesmo inspirada nos chapeleiros. É que, outrora, muitos ficavam malucos por causa do mercúrio que tinham de usar na feltragem do pelo com que fabricavam os chapéus.

Assim, a personagem será uma homenagem à profissão e à vida dura do ofício.

Quanto ganha um chapeleiro

Nos séculos passados, a profissão de chapeleiro tinha prestígio. Os “Unhas Negras”, a alcunha que tinham, eram essenciais e reconhecidos pelo seu trabalho. Assim, eram mais bem pagos do que no resto dos ofícios manuais.

Atualmente, o cenário é um pouco diferente. Muitas pessoas especializadas nesta arte trabalham na indústria têxtil que é conhecida por manter salários baixos. Pois só assim consegue competir com outros mercados, nomeadamente o chinês.

Há, contudo, profissionais que trabalham por conta própria, criando chapéus para famosos, e que, portanto, podem ter um bom rendimento. Alguns colaboram com criadores de moda, podendo, deste modo, conseguir ganhos mais interessantes.

O que faz um chapeleiro

O chapeleiro é o artesão que desenha e confeciona chapéus. Trata-se de um ofício que pode ser feito de forma totalmente manual ou com recurso a máquinas.

A profissão tem associado um rigoroso nível de exigência, pelo que estamos perante uma verdadeira arte tradicional. Muitos chapeleiros fazem questão de manter os processos todos manuais, tal como eram há muitos anos, para honrar a sua arte.

Trata-se de um processo que exige grandes cuidados manuais, bem como muita atenção aos pormenores. Assim, é imprescindível ter qualidades pessoais que vão ao encontro destas exigências para poder exercer a profissão.

Quais as suas funções

Os chapeleiros podem desempenhar funções diversificadas, conforme o local onde trabalhem. Se tiverem um negócio próprio, terão que cuidar de todos os passos necessários, desde a gestão até à contabilidade, passando pelo marketing até à confeção dos chapéus.

Quando trabalham numa chapelaria ou num qualquer outro estabelecimento, podem ter funções mais definidas e restritas, conforme a dimensão dos espaços.

Nas fábricas têxteis, o trabalho costuma estar dividido pela cadeia de produção, desde a cortadoria aos acabamentos, sendo que, à partida, o chapeleiro terá uma única tarefa para cumprir neste contexto, conforme o seu grau de competência e especialização.

Veja quais são as principais funções de um chapeleiro no seu dia-a-dia:

  • Tirar as medidas dos clientes
  • Desenhar moldes das peças
  • Cortar os tecidos de acordo com os moldes
  • Confecionar os chapéus
  • Cuidar dos detalhes e acabamentos
  • Efetuar reparos ou ajustes
  • Atender clientes
  • Trabalhar com máquinas apropriadas.

Como se faz um chapéu

A confeção de um chapéu pode ser um processo muito meticuloso, conforme o modelo que estiver em causa e o grau de qualidade final pretendido.

Espreite o vídeo que se segue para ter uma pequena ideia do processo, seguindo as dicas Do It Yourself (DIY) do chapeleiro brasileiro Marcos Ricardo. Veja como ele ensina a fazer um fascinator, um tipo de chapéu que usa plumas, flores, penas e outros acessórios para um look final irreverente e fascinante, como o nome indica.

Saídas no Mercado de Trabalho

Ainda existem chapelarias carismáticas em várias cidades do mundo, mas há cada vez menos. E os mestres chapeleiros também estão envelhecidos e não abundam! Assim, as saídas profissionais nesta área não são muitas.

Nos últimos anos, têm aparecido novos negócios e jovens criadores com abordagens modernas à indústria chapeleira que estão a revitalizar a importância da profissão.

Todavia, a entrada no mercado de trabalho pode ser difícil, pelo que é fundamental conseguir aproveitar as oportunidades que apareçam.

O primeiro passo a tomar é decidir se pretende abrir um negócio próprio ou se prefere trabalhar para outros. Depois disso, só tem de fazer as melhores escolhas.

Quando se opta por abrir um negócio, é preciso esperar o melhor preparando o pior cenário. Trata-se sempre de um risco e, por isso, é preciso ponderar bem.

Para trabalhar por conta de outrem, tem as seguintes possibilidades à escolha:

  • Atelieres de costura ou alfaiataria
  • Fábricas têxteis especializadas
  • Comércio de varejo ou de retalho de vestuário
  • Lojas de roupa especializadas em chapéus
  • Espetáculos de teatro, novelas, cinema e outros
  • Eventos culturais ou de recreação histórica.

Como entrar na carreira de chapeleiro

Um chapeleiro não tem de ter um curso profissional específico para trabalhar na área. Mas é preciso que saiba do ofício!

Todavia, não sendo necessária formação, é importante que invista na realização de cursos de qualificação profissional, de modo a poder apreender todos os segredos da profissão.

Alguns cursos podem ser uma porta aberta para o mercado de trabalho, por exemplo quando incluem estágios associados.

Mas uma das opções mais vantajosas para entrar na carreira de chapeleiro é começando a trabalhar como aprendiz com um mestre da área.

Procure uma chapelaria conhecida e ofereça-se para trabalhar. Muitas vezes, precisam de ajudantes, pessoas dispostas a fazerem tudo o que é preciso e a aprenderem.

Onde estudar para chapeleiro

Os cursos de chapeleiro escasseiam. Por isso, não há muitas formações específicas para esta profissão, o que leva muitos profissionais a aprenderem em contexto de trabalho.

Mas é sempre uma mais-valia fazer cursos e workshops, especialmente os que são focados numa aprendizagem mais prática.

De seguida, confirme algumas alternativas de cursos e workshops de chapelaria que podem ser do seu interesse…

Portugal:

Brasil:

Como já confirmou, ser chapeleiro tem muito que se lhe diga! Mas se é uma pessoa criativa, que gosta de trabalhos manuais e que adora chapéus, encontrou a profissão certa. Portanto, aproveite o balanço e comece já a planear o futuro!

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1 comentário em “Chapeleiro”

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