Dermatopatologista

dermatopatologista

O dermatopatologista é um médico da área da patologia cirúrgica especialista em doenças de pele. Ele estuda as doenças de pele ao nível microscópico, analisando, inclusive, as possíveis causas para essas doenças ao nível celular.

A medicina tem avançado imenso nos últimos anos e, por isso, os médicos tiveram de se especializar cada vez mais. A dermatopatologia é uma subespecialidade da patologia clínica, a qual se dedica em exclusivo às doenças de pele.

Se gostas de investigação e medicina, esta pode ser, com toda a certeza, uma excelente escolha profissional. Neste artigo vamos mostrar-te tudo o que precisas saber para seguir esta carreira.

Vais descobrir, aqui, o que faz um especialista em dermatopatologia, quais as funções que tem no seu dia a dia, as saídas profissionais, assim como o percurso académico que terás de fazer para seguir a profissão.

Vens connosco?

O que faz um Dermatopatologista?

O dermatopatologista é um patologista especialista no estudo de doenças de pele ao nível microscópico. Este médico trabalha muitas vezes com dermatologistas, os quais precisam da sua ajuda para um diagnóstico através de biópsia. Sendo assim, o especialista em dermatopatologia examina a amostra ao microscópio e determina qual a doença.

Esta subespecialidade enfrenta vários desafios, mas o maior deles é, sem dúvida, o grande número de possíveis diagnósticos. Para teres uma ideia, existem mais de 1500 doenças da pele.

Sendo assim, é importante que os dermatopatologistas tenham bastante conhecimento, também, em dermatologia clínica.

Para entenderes melhor o dia a dia deste profissional, vamos ver agora as funções que ele tem no seu trabalho.

Quais as suas funções

A principal função do dermatopatologista é fazer o diagnóstico de doenças de pele através de exames microscópicos.

Na maior parte das vezes, os dermatologistas são capazes de dar um diagnóstico e prescrever o melhor tratamento. No entanto, nem sempre os critérios de avaliação permitem definir, com certeza, qual a doença.

Nesses casos, é feita uma biópsia e a amostra é levada ao dermatopatologista, o qual vai examinar ao microscópio. O mesmo acontece quando é feita uma extração numa cirurgia.

Regra geral, as amostras coradas em hematoxilina-eosina já revelam a histologia das doenças e permitem um diagnóstico. No entanto, em alguns casos, pode ser preciso fazer outros testes às amostras das biópsias e peças cirúrgicas, como, por exemplo:

  • Colorações histoquímicas especiais – Normalmente são usadas como um auxílio no diagnóstico de doenças infeciosas e inflamatórias.
  • Imuno-histoquímica (IHQ) – É um teste usado, principalmente, para fazer o diagnóstico de neoplasias da pele, pois permite detetar moléculas específicas nas amostras.
  • Hibridização in situ (análise molecular) – A hibridização in situ fluorescente (FISH) é o método de eleição quando queremos detetar mutações genéticas, como, por exemplo, os melanomas, sarcomas e linfomas. A hibridização in situ cromogénica (CISH) é o método escolhido quando queremos detetar o genoma do HPV (Vírus do Papiloma Humano).

Além do diagnóstico de doenças de pele, o dermatopatologista também analisa possíveis causas para as doenças da pele ao nível celular.

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Saídas no Mercado de Trabalho

O dermatopatologista pode trabalhar em hospitais públicos e privados, assim como em laboratórios. As oportunidades de trabalho são boas, até porque esta não é uma subespecialidade muito concorrida. Podes, ainda, trabalhar em universidades, dando formação a alunos de medicina.

Em Portugal, a maior parte dos profissionais opta por trabalhar no setor público, pois permite investir em investigação médica. No Brasil, pelo contrário, a maior parte dos especialistas prefere atuar no setor privado, pois oferece melhores salários e condições de trabalho.

Como entrar na carreira de Dermatopatologista?

Em Portugal, para seguires a profissão de dermatopatologista precisas, antes de mais nada, concluir o mestrado integrado em Medicina. Depois segue-se um ano de internato comum a todas as especialidades. Deves, então, escolher o internato de Anatomia Patológica ou Dermatologia.

Concluído o internato, tens de te inscrever no respetivo Colégio da Ordem dos Médicos. Depois tens de fazer a formação em Dermatopatologia, a qual tem uma duração de 2 anos a tempo inteiro, ou 3 anos em tempo parcial.

Como é a formação em Dermatopatologia?

Nesta formação, vais aprender a observar e interpretar exames anatomopatológicos das patologias da pele, sejam elas inflamatórias ou tumorais. Além disso, também vais aprender as diferentes metodologias de diagnóstico.

Se fizeste o teu internato em Dermatologia, então precisas completar 6 meses num serviço de Anatomia Patológica. Durante esse tempo, deves ficar apto a realizar o diagnóstico clínico-patológico (histologia, técnicas de imuno-histoquímica, histoquímica, imunofluorescência, biologia molecular, entre outras técnicas complementares).

Se optaste pelo internato em Anatomia Patológica, tens de fazer 6 meses num serviço de Dermatologia. Vais participar de consultas, visitar os doentes que estão internatos e participar de reuniões. É essencial que sejas capaz de reconhecer as patologias inflamatórias da pele.

Em ambos os casos, deves participar de reuniões clínico-patológicas, assim como de conferências na área da Dermatopatologia. É também obrigatória a publicação de 2 trabalhos sobre casos clínicos, ou então revisão de temas.

Terminada a formação com avaliação positiva, tens de requerer a tua admissão ao exame de titulação ao Colégio da Subespecialidade de Dermatopatologia. Além da avaliação curricular (vale 10% da nota final), terás de fazer um exame teórico-prático, o qual é constituído por três provas:

  • Exame com 50 perguntas teóricas, de escolha múltipla (20% da nota final)
  • Prova em que serão projetados 30 diapositivos com questões sobre imagens histológicas, clínicas, histoquímicas, imuno-histoquímicas e imunofluorescência (20% da nota final)
  • Observar 54 casos de dermatoses inflamatórias e tumorais ao microscópio para diagnóstico (50% da nota final)

Como ser Dermatopatologista no Brasil?

No Brasil, a Dermatopatologia ainda não é reconhecida oficialmente como uma subespecialidade. Sendo assim, a maior parte dos profissionais que se dedicam a esta área são dermatologistas ou anatomopatologistas.

Portanto, o melhor caminho a fazer é a graduação em medicina de 6 anos, seguida da residência em clínica médica e depois a residência médica em Anatomia Patológica ou Dermatologia.

Vejamos agora algumas instituições onde poderá estudar Medicina.

Onde estudar Medicina?

Portugal:

Brasil:

Queres tornar-te um dermatopatologista de referência? Então não deixes de investir muito na tua formação, não só durante o curso, mas em toda a tua carreira. É um caminho de muito trabalho, mas acredita que vai valer a pena.

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