Transcritor de Texto Braille

Transcritor de Texto Braille

O Transcritor de Texto Braille é um profissional essencial para que as pessoas com incapacidades visuais possam ter acesso à leitura. Assim, dá um contributo relevante no Ensino, mas também no trabalho e no lazer de quem tem deficiência visual.

O Texto Braille é uma ferramenta importante na integração social, académica e laboral das pessoas com incapacidades visuais. Assim, o Transcritor tem um papel de serviço público que vai para lá do exercício de uma mera profissão.

Esse profissional trata da transcrição, ou seja, da tradução dos livros ditos normais para o Sistema Braille.

Geralmente, o trabalho é feito por pessoas cegas ou com dificuldades visuais, até porque o seu contributo é essencial para perceber se o Texto Braille faz sentido e se é fácil de “ler” com as mãos.

Mas o trabalho também pode ser feito por pessoas sem problemas de visão. Aliás, há cada vez mais pessoas sem incapacidades visuais interessadas em aprenderem Braille.

Continua connosco para saberes tudo desta profissão!

O que faz um Transcritor de Texto Braille

O trabalho deste profissional é traduzir textos impressos para o formato de Texto Braille para que as pessoas cegas ou com problemas de visão os possam ler.

Assim, tanto pode ter pela frente romances como manuais escolares, bem como documentos oficiais do Governo. Mas também pode ter de transcrever informações das autoridades de saúde, por exemplo.

Aquilo que é fundamental, qualquer que seja o texto a transcrever, é que o Texto Braille final faça sentido e que seja fácil de “ler” por uma pessoa cega.

Deste modo, o Transcritor precisa de perceber as várias nuances do texto, bem como ter um conhecimento profundo do Sistema Braille para evitar confusões.

Nesse sentido, existia uma Grafia Braille padrão que foi definida para todos os países de países de Língua Portuguesa. Assim, tanto Transcritores como Revisores de Braille aprendem essas normas para poder aplicar no seu trabalho de forma que seja entendida por todos os invisuais que conhecem esse código.

Braille de Grau 1 e 2

Um Transcritor de Texto Braille precisa de ter um conhecimento profundo deste sistema, como já sublinhamos. Assim, tem de saber os dois tipos mais comuns de Braille, ou seja, os Graus 1 e 2. Mas o que é que isto significa?

Ora bem, o Braille de Grau 1 é a forma mais básica deste código e está mais relacionada com um nível de instrução. Isto significa que cada letra é transcrita, o que torna o Texto Braille muito mais longo.

Já o Braille de Grau 2 usa contrações, ou seja, combinações de letras como um único caractere, pelo que ocupa menos espaço. Esta é a forma mais usada no Texto Braille e a que é mais fácil para quem conhece melhor este sistema.

Quais as suas funções

O principal trabalho de muitos Transcritores de Texto Braille é apoiar os estudos de estudantes invisuais. Assim, fazem a transcrição de manuais de Matemática, Ciências, Português e outras cadeiras, e até de pautas musicais.

Além disso, fazem também a transcrição de testes e exames. Assim, fica evidente que são essenciais para que estas pessoas com incapacidades visuais possam fazer a sua formação e, portanto, sonhar com uma profissão.

Mas o trabalho envolve outro tipo de livros ou documentos. De qualquer modo, independentemente do que seja preciso traduzir para Texto Braille, o processo é sempre idêntico.

Portanto, o Transcritor recebe o documento/livro a transcrever e faz a sua conversão para Texto Braille. Após isso, ainda faz uma verificação adicional do seu trabalho, mesmo antes de este passar às mãos do Revisor de Braille.

Mas as suas funções podem ser mais transversais e, deste modo, até pode ser também Ledor, ou seja, fazer a leitura de Texto Braille para deficientes visuais.

Além disso, pode dar apoio pedagógico e técnico a um Professor de Braille, bem como ter tarefas mais administrativas como, por exemplo, fazer relatórios ou orçamentos.

Quanto ganha um Transcritor de Texto Braille

Os ordenados nesta área dependem muito de fatores como a entidade para que se trabalha e a experiência do profissional.

Assim, ter um contrato com uma agência do Governo é uma ótima solução, pois garante uma continuidade dos rendimentos, bem como benefícios sociais que podem ser interessantes.

Mas se o Transcritor trabalhar como freelancer, por exemplo, terá de fazer os seus orçamentos em função do tipo de Texto Braille que lhe for solicitado.

Deste modo, terá de cobrar mais pela tradução de textos com gráficos e tabelas, por exemplo, pois são mais complexos do que os que incluem apenas palavras corridas.

Estes profissionais costumam fazer o preço por hora ou por cada página transcrita.

Saídas no Mercado de Trabalho

Esta área profissional tem alguma procura, até porque, cada vez mais, os Governos de todo o mundo estão a dar importância à Educação Inclusiva. Assim, continua a haver procura por Transcritores de Texto Braille.

Muitas vezes, estes profissionais trabalham por contrato ou por projeto, por exemplo, na transcrição de um livro específico.

Mas também podem fazer este serviço para empresas de transcrição de Texto Braille, para associações ou fundações.

Contudo, uma das vias profissionais mais estável passa por empresas públicas ou entidades estatais. Trabalhar para entidades governamentais é a melhor forma de garantir uma profissão estável.

As instituições de ensino, como as Universidades, também podem oferecer boas oportunidades e, a espaços, vão publicando vagas de emprego nesta área.

Porém, o Transcritor de Texto Braille pode trabalhar em quase todas as áreas, uma vez que, cada vez mais, se exige que este código surja acessível em todo o tipo de lugares e produtos. Na Indústria farmacêutica, por exemplo, em alguns países já é obrigatório incluir a bula dos medicamentos em Braille.

Como ser Transcritor de Texto Braille

Não existe uma formação específica obrigatória para quem quer ser Transcritor de Texto Braille. Mas a certificação na área pode ser uma mais-valia importante.

Um profissional desta área precisa de dominar o Braille de Grau 1 e de Grau 2. Mas esse domínio pode advir da sua experiência como pessoa invisual, por exemplo. Portanto, pode não ser essencial ter um curso na área.

Contudo, como diz a sabedoria popular, o saber não ocupa lugar. Assim, é sempre boa ideia começar pela formação formal – até porque isso pode ser um trunfo perante eventuais concorrentes à mesma vaga de emprego.

Além disso, a formação é essencial para ter Certificado de Braille, algo que pode ser obrigatório para concorrer a cargos em instituições públicas ou de ensino. Aliás, mesmo algumas empresas privadas só contratam Transcritores certificados.

Porém, para lá desta questão, um Transcritor de Texto Braille tem ainda que ter as seguintes características:

  • Atenção ao detalhe
  • Bons conhecimentos de gramática e de ortografia
  • Conhecer softwares de Braille
  • Entender de formatação Braille.

Para lá de tudo isto, é importante que a pessoa tenha um profundo conhecimento das necessidades e vivências das pessoas invisuais.

Onde estudar Transcrição de Texto Braille

Não existem muitos cursos especificamente dedicados à Transcrição de Texto Braille. Contudo, há várias formações dedicadas ao Sistema Braille.

Muitas destas formações realizam-se por entidades governamentais ou por associações que representam pessoas invisuais. Assim, é preciso estar atento à informação que divulgam.

Mas, para te darmos uma ajuda nessa busca pela melhor formação, segue os seguintes links…

Portugal:

Brasil:

Depois de teres percebido o que faz um Transcritor de Texto Braille, já podes avaliar se é a profissão que te vai fazer feliz. E tens o que é preciso para triunfar nesta área? Estamos certos de que sim se for esse o teu desejo.

Se continuas a ter dúvidas, faz Testes Vocacionais e encontra a profissão certa para o teu perfil. Ficamos a torcer pelo teu sucesso!

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3 comentários em “Transcritor de Texto Braille”

  1. Avatar
    Neuseli Aparecida Marques Camilo

    Meu nome é Neuseli Aparecida Marques Camilo, residente em Santa Rosa de viterbo SP. Concluí minha faculdade de pedagogia em 2019, com a oportunidade de um estágio de dois anos na escola Lourdes Pereira Massaro acompanhando dois alunos com deficiência visual. Foi uma experiência gratificante onde aprendi o braille. Hoje consigo ler e traduzir livros em braille, procuro me aperfeiçoar cada vez mais, com certeza!
    Mais não posso deixar de dizer que é frustante pra mim por não conseguir uma vaga para lecionar nesta área, onde tantos deficientes visuais são necessitados.
    Mas reforço que continuarei tentando.

    1. Guia das Profissões
      Guia das Profissões

      Olá Neuseli.

      Obrigado por esse testemunho bem interessante. Temos muito gosto em conhecer as experiências profissionais dos nossos visitantes.

      Estamos certos de que com esse espírito de entrega e de paixão que demonstras pela profissão, conseguirás a vaga tão desejada.

      Ficamos a torcer pelo teu sucesso!

  2. Avatar

    Meu nome é Tânia, trabalhei como professor transcritor braille por 7 anos contratada do estado(MA) até hoje tenho saudades do trabalho. Hoje trabalho como professora educação infantil (servidora) prefeitura do Rio de Janeiro. Queria conseguir voltar pelo menos em algum horário.

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